Editorial
Com a presente publicação, encerra-se um ciclo de três edições onde os discentes do Curso de Promoção a Oficial Superior do Exército – Armas e Serviços (CPOS-E A/S) tiveram a oportunidade de desenvolver Trabalhos de Investigação de Grupo no âmbito da Unidade Curricular (UC) – Áreas Funcionais.
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Pretendeu-se que a análise à campanha militar que Portugal desenvolveu na Guiné-Bissau entre 1963 e 1974, fosse efetuada com base naqueles que são os atuais conceitos Doutrinários, de acordo com as ferramentas que estão disponíveis na atualidade e que são utilizadas nos mais variados Teatros de Operações.
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(…), como é que um país de parcos recursos, através de um esforço que é de difícil medição, conseguiu manter ativos durante mais de uma década, três TO que distavam milhares de quilómetros da metrópole. Neste caso em particular também se percebe as enormes dificuldades sentidas na adaptação ao TO em estudo como consequência das características peculiares do território da Guiné-Bissau.
Artigos

Resumo
O trabalho de investigação aqui projetado pretende analisar e caracterizar o Teatro de Operações na Campanha Militar da Guiné-Bissau, durante o período de 1963 a 1974, com vista a identificar as alterações que o conflito armado induziu nas forças terrestres portuguesas.
Com esta abordagem, pretende-se dar um contributo útil para as Forças Armadas em geral e para o Exército em particular, através da compreensão e do conhecimento da forma como este último se adaptou aos desafios com que se deparou na Campanha de África.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau.Autor(es) (*)






Resumo
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A marca distintiva de Spínola foi «pensar como o inimigo, sem ficar como ele», tendo ido mais longe do que qualquer outro político ou militar na busca da “compreensão das razões de quem estava do outro lado” (Afonso e Gomes, 2000, p. 482). Spínola entendia o sucesso militar no TO da Guiné como de crucial importância, sendo um ponto-chave na estratégia nacional, uma vez que o conjunto Guiné-Bissau e Cabo Verde, para além de se constituir como um “ponto de apoio de comunicações” para os outros teatros e de domínio do Atlântico, teria repercussões positivas a nível psicológico e da moral das tropas nos outros territórios ultramarinos.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações; Guiné-Bissau, Marechal Spínola.Autor(es) (*)






Resumo
Ao longo deste capítulo procura-se explorar a importância dos congressos e conferências para a internacionalização da luta e reivindicações no antigo Ultramar Português, analisar os apoios a nível de outros Estados, OI e ONG, no sentido de entender a sua relevância para o desfecho desta situação.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau.Autor(es) (*)






Resumo
(…), esta secção centra-se essencialmente na análise global do conflito neste Teatro, para depois derivar a análise para outros níveis do emprego tático, onde se insere a função de combate de Comando Missão, para se poder determinar se, nas ações desenvolvidas na Campanha Militar no Teatro de Operações da Guiné os Comandantes aplicaram a função Comando Missão, que resulta da evolução do termo de comando e controlo e personifica o desenvolvimento de uma ação individual do Comandante – o comando – e o envolvimento de toda a força no desenrolar das operações, nomeadamente o Comandante e o seu EM – o controlo.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau.Autor(es) (*)





Resumo
Este capítulo pretende enquadrar o tema em estudo apresentando a evolução doutrinária da época em análise até ao conceito atual de Movimento e Manobra e assim definir os indicadores de análise utilizados para desenvolvimento do trabalho.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau, Movimento e Manobra.Autor(es) (*)






Resumo
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No que concerne ao papel das Informações no TO da Guiné, no nosso entender, o esforço está concentrado no conhecimento da natureza do conflito, das forças inimigas, bem como das caraterísticas da área de operações, que, na doutrina do período em análise, são fatores determinantes para o apoio à compreensão da situação.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau, Informações.Autor(es) (*)






Resumo
Com a entrada na OTAN, em 04 de abril de 1949, inserida no contexto da guerra fria, Portugal conseguiu uma importante aproximação aos Estados Unidos da América (EUA) (Salazar, 1949; Felgas, 1966), que garantiu no campo militar, o “indispensável apoio exterior” ao processo de rearmamento e modernização das FFAA iniciado antes do conflito ultramarino (Teixeira, 1996, p. 705; Tavares, 2005, p. 38), numa altura em que o Reino Unido já não garantia as “funções tradicionais da aliança” (Telo, 2000a, p. 28).
Esta adesão resultou numa “reestruturação quase completa do Exército Português, tanto ao nível das mentalidades, como dos equipamentos e armamentos, das táticas de guerra, da formação dos quadros, da organização superior do Exército e das unidades” (MDN, 1999, pp. 197, 210), o desenvolvimento científico e tecnológico foi notório (Brandão, 2012) e foram assumidos compromissos internacionais com reflexo no emprego dos fogos, que resultaram num conjunto de sucessivas reformas até ao início da guerra em África.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau, Fogos.Autor(es) (*)






Resumo
Enquadrada no contexto global da Guerra Colonial ou do Ultramar, a Campanha Militar no Teatro de Operações (TO) da Guiné-Bissau tem início em janeiro de 1963 com um ataque ao quartel de Tite. Embora não se tratasse de uma verdadeira surpresa, esta nova frente da guerra passava a constituir mais um motivo de desgaste para as tropas portuguesas, num território particularmente difícil do ponto de vista físico e das condições climatéricas. A guarnição militar da Guiné, constituída apenas por militares do Exército, dispunha no final de 1962 de um efetivo de 5 070 homens. (Afonso e Gomes, 2000a).
Do ponto de vista da função de combate (FComb) proteção, este TO revela as suas particularidades, numa primeira instância, pelas suas características geográficas e climáticas que terão um impacto muito significativo no potencial humano, agravado já pela tipologia de forças projetadas, dispositivo e tipologia de operações.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau, Proteção.Autor(es) (*)






Resumo
O tema do presente trabalho de investigação de grupo, “O Apoio de Serviços na Campanha Militar no Teatro de Operações da Guiné-Bissau”, assume relevância já que a temática relativa às campanhas militares de Portugal nos territórios africanos no período de 1961-1974, incidem sobre aspetos de natureza operacional, sendo menos focadas as questões relativas ao apoio logístico (ApLog) e à área de
pessoal.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau, Apoio logístico.Autor(es) (*)






Resumo
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Vamos apresentar sucintamente os conceitos em vigor à época, nomeadamente: Ação Psicossocial, APsic, e AssCiv e também o conceito de Comando-Missão com vista a analisar à luz da doutrina atual, a forma como este conceito era aplicado. Importa salientar que no TO da Guiné, as populações foram fortemente visadas, sendo os habitantes muito pressionados pelas ações militares e psicológicas, quer de propaganda quer de contrapropaganda, de ambas as partes em confronto, vivendo num clima de insegurança permanente e passando grandes privações, entrando num estado de desequilíbrio psicológico.
Palavras-chave
Campanhas Militares, Teatro de Operações, Guiné-Bissau, Ação psicológica, Assuntos Civis.Autor(es) (*)





(*) NOTA: A ordem alfabética de apresentação dos autores pode não corresponder à ordem formal que se encontra no artigo.