Unidade Politécnica Militar

Apresentação

A Unidade Politécnica Militar (UPM) é uma unidade orgânica autónoma do Instituto Universitário Militar (IUM) vocacionada para o ensino superior politécnico militar, o qual está inserido no sistema nacional de ensino superior, atentas as especificidades do ensino e formação militar.

A UPM, enquanto unidade vocacionada para o ensino superior politécnico militar, visa a preparação de sargentos altamente qualificados nos domínios dos saberes em que se organiza, tendo em vista desenvolver qualidades de comando, chefia e chefia técnica de natureza executiva de caráter técnico-administrativo, logístico e de formação, inerentes à condição militar.

É com este propósito que, no âmbito da segurança e defesa, a UPM desenvolve formação qualificada nas áreas da “Segurança Militar” e “Proteção de Pessoas e Bens”, promovendo ainda nos seus ciclos de estudos, formações de cariz não estritamente militar, classificadas em outras áreas.
A UPM desenvolve essencialmente Cursos de Formação de Sargentos que respondem às necessidades de formação de cada um dos ramos das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana (GNR), conferindo por via dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTSP) o Diploma de Técnico Superior Profissional nas áreas das tecnologias militares navais, terrestres, aeronáuticas e de segurança.

A UPM contempla na sua constituição, os departamentos politécnicos da Marinha, do Exército, da Força Aérea e da GNR, sendo o ensino ministrado de forma descentralizada nestes departamentos e, através destes, nas unidades, estabelecimentos ou órgãos dos respetivos ramos das Forças Armadas e da GNR.

Foi ativada em 3 de dezembro de 2019, por Despacho do Almirante Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas,  e o seu Regulamento Interno foi homologado, pelo Ministro da Defesa Nacional, em 23 de janeiro de 2020.

 

Missão

A UPM tem por missão promover atividades de ensino e investigação baseada na prática, com a finalidade essencial de formar sargentos dos Quadros Permanentes (QP) das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana (GNR), habilitando-os ao exercício das funções que estatutariamente lhes são cometidas.


Valores

O cumprimento da missão da UPM alicerça-se num quadro de valores que caracterizam a condição militar e o contexto próprio de ensino superior politécnico de natureza militar, enquadrado no sistema nacional de ensino superior, sendo compreendidos como ações de caracter permanente e estruturante:

Virtudes Militares

Consistem na total dedicação, disciplina, lealdade, integridade e coragem, bem como no cumprimento dos princípios éticos da virtude e da honra, inerentes à condição militar.

Competência

Sustentada na garantia de conhecimentos, aptidões e atitudes adequadas a elevados padrões de desempenho;

Inovação

Consiste na adaptação atempada à inovação e às transformações de crescente complexidade decorrentes do progresso científico, técnico, operacional e organizacional;

Credibilidade

Consiste na seriedade, qualidade e transparência dos processos e procedimentos adotados, enquanto “marca de qualidade” e de “referência” ao nível pedagógico, científico e organizacional;

Rigor

Traduz-se na capacidade de ação, que exige conhecimentos técnicos e formação científica e humanística, segundo padrões éticos institucionais e pressupondo a melhoria contínua.

 

Contactos

+351 210102719

 upm.geral@upm.ium.pt

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Heráldica da UPM

No contexto do Regulamento de Heráldica do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Sua Excelência o Almirante CEMGFA aprovou a simbologia heráldica da Unidade Politécnica Militar (UPM) em 14 de janeiro de 2021, pelo despacho n.º 4, a qual integra o Brasão de Armas, o Estandarte e o Galhardete.

 

Brasão de Armas da UPM

Figura A1 – Brasão de Armas da UPM

 

Figura A2 – Brasão de Armas da UPM – Traço

 

Figura A3 – Brasão de Armas da UPM – Pietra Santa

 

Descrição Heráldica

ARMAS: 

  • Escudo: de azul, uma banda de ouro acompanhada de duas lucernas do mesmo; 
  • Coronel: de ouro, constituído por um aro liso, com virola nos bordos superior e inferior, encimado por cinco pelouros aparentes. 
  • Timbre: uma espada de prata, guarnecida, empunhada e maçanetada de ouro, em posição de abatida, passada em aspa por uma alabarda de prata com lança e lâmina de ouro, atadas de vermelho, sustendo um livro aberto de prata; 
  • Divisa: num listel de prata, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de negro, maiúsculas, de estilo elzevir - “PELA SABEDORIA E INOVAÇÃO”.

SIMBOLOGIA: 

  • A BANDA - como suporte de distinção honorífica alude à honra do conhecimento a adquirir. 
  • As LUCERNAS - representam a luz do ensino, da fé viva e da força da sabedoria, esclarecendo e orientando, e por serem duas, uma representando o ensino teórico e científico e outra o ensino prático e tecnológico. 
  • A ESPADA - alude aos oficiais que integram a UPM.
  • A ALABARDA - alude aos sargentos que integram a UPM. 
  • O LIVRO - sintetiza a missão didática de promoção e preservação da sabedoria e apresenta-se aberto para melhor simbolizar a disponibilidade para a investigação e para a reflexão. 
  • A DIVISA - “PELA SABEDORIA E INOVAÇÃO”, representa a finalidade da UPM em promover a sabedoria e a inovação ao nível do seu corpo docente e discente, bem como das dinâmicas de organização e gestão do ensino e investigação, inerentes à sua missão e natureza de ensino superior politécnico militar. 
  • A SABEDORIA implica, para além da aquisição do conhecimento teórico e prático, a sua integração e eficiente aplicação com ética e retidão. 
  • A INOVAÇÃO emerge da necessidade de atribuir e desenvolver novas capacidades, quer ao nível dos recursos, sejam eles humanos ou materiais, quer ao nível dos métodos e processos. 

OS ESMALTES SIGNIFICAM: 

  • O OURO, constância e sabedoria; 
  • A PRATA, eloquência e humildade; 
  • O VERMELHO, ânimo e energia criadora para se alcançar o conhecimento; 
  • O AZUL, justiça e lealdade.

 

Estandarte e Galhardete da UPM

 

Figura B1 – Estandarte da UPM

 

Figura B2 – Estandarte da UPM - Traço 

 

Figura B3 – Galhardete de Arvorar do Diretor da UPM

 

Figura B4 – Galhardete de Arvorar do Diretor da UPM - Traço

 

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Organização

Órgãos

  • Diretor
  • Órgãos de Conselho
  • Departamentos Politécnicos
  • Serviços de Coordenação e Apoio

 

Conselho técnico-científico

(Art.º 22.º do DL n.º 17/2019)

O conselho técnico-científico é o órgão competente para elaborar estudos e propostas, bem como para informar e dar parecer sobre os assuntos relacionados com a orientação científica e técnica do ensino politécnico e da investigação.

Ao conselho técnico-científico compete, igualmente, emitir parecer obrigatório sobre os seguintes assuntos:

  • Criação, alteração ou extinção de ciclos de estudos e aprovação dos respetivos planos de estudos, bem como sobre as disposições sobre transições curriculares;
  • Organização dos planos de estudo dos cursos, atividades, tirocínios e estágios;
  • Áreas de formação em que o IUM confere, através da UPM, o DTSP;
  • Áreas de formação em que o IUM confere, através da UPM, o grau académico de licenciado;
  • Especialidades em que o IUM confere, através da UPM, o grau académico de mestre;
  • Distribuição do serviço docente, a sujeitar à homologação do Comandante do IUM;
  • Propostas de recrutamento, designação, recondução e exoneração de docentes da UPM;
  • Confirmação, a pedido da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, dos requisitos a que se refere a alínea c) do n.º 5 do artigo 57.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, na sua redação atual;
  • Concessão de prémios escolares;
  • Realização de protocolos, acordos e parcerias nacionais e internacionais;
  • Outras questões que, no âmbito das suas competências, lhe sejam colocadas pelos órgãos do IUM ou da UPM.

Ao conselho técnico-científico compete, igualmente, emitir parecer vinculativo sobre os seguintes assuntos:

  • Propostas de creditação de outras formações realizadas e das competências adquiridas, tendo em vista o prosseguimento de estudos para a obtenção de grau académico ou diploma;
  • Temas de trabalhos de investigação aplicada dos alunos, tendo em consideração o seu potencial contributo para as linhas de investigação e projetos em curso;
  • Atos previstos no Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico relativos ao pessoal docente;
  • Propostas de designação dos júris para provas finais de curso;
  • Creditação de formação realizada nos domínios do saber em que se organiza a UPM.

Compete, ainda, ao conselho técnico-científico elaborar estudos e propostas sobre as matérias relacionadas com a orientação científica e técnica do ensino superior politécnico, nomeadamente:

  • Elaborar o seu regimento;
  • Contribuir para a elaboração do plano de atividades da UPM;
  • Emitir parecer sobre a orientação técnico-científica e a execução das atividades de cooperação técnico-militar;
  • Propor medidas de articulação do estudo, do ensino e da investigação que promovam a criação e difusão da cultura, do saber, da ciência e da tecnologia;
  • Emitir parecer sobre o nível científico, técnico e militar do ensino ministrado;
  • Propor ou pronunciar-se sobre a instituição de prémios escolares.

 

Conselho pedagógico

(Art.º 24.º do DL n.º 17/2019)

O conselho pedagógico é o órgão competente para dar parecer, elaborar estudos e propostas sobre os assuntos relacionados com a orientação pedagógica, a avaliação da formação e o rendimento escolar dos alunos, no âmbito do ensino politécnico.

Ao conselho pedagógico compete pronunciar-se sobre:

  • A definição da orientação e métodos pedagógicos a seguir nos diversos cursos e atividades;
  • A criação de ciclos de estudos e sobre as propostas de organização e alteração dos planos dos ciclos de estudos ministrados;
  • Os regimes de avaliação dos alunos;
  • Os calendários letivos e os mapas de exames;
  • Os regulamentos disciplinares escolares;
  • As normas de aproveitamento escolar dos alunos;
  • A instituição de prémios escolares;
  • Outras questões que, no âmbito das suas competências, lhe sejam colocadas pelos órgãos do IUM ou da UPM.
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Diretor Unidade Politécnica Militar

O Brigadeiro-General Piloto-Aviador João Paulo Nunes Vicente nasceu em Lisboa no dia 14 de fevereiro de 1971.

Ingressou na Força Aérea em julho de 1989, no curso de Ciências Militares e Aeronáuticas, na especialidade de Piloto-Aviador, na Academia da Força Aérea. Efetuou o Tirocínio nos EUA, tendo sido brevetado em maio de 1995, em Vance AFB.

Entre julho de 1995 e fevereiro de 1996 frequentou, na Esquadra 103 – Caracóis, Base Aérea N.º 11, em Beja, o curso complementar de pilotagem para aviões de combate em aeronave Alpha-Jet.

Entre fevereiro de 1996 e dezembro de 1997 esteve colocado na Esquadra 301 – Jaguares, na Base Aérea N.º 11, em Beja, onde obteve as qualificações de piloto operacional e comandante de parelha em Alpha-Jet.

Em dezembro de 1997 regressou à Esquadra 103 – Caracóis, onde obteve a qualificação de piloto instrutor em Alpha-Jet.

De abril a maio de 1999 frequentou o Curso Básico de Comando, no Instituto de Altos Estudos da Força Aérea, em Sintra.

Entre abril de 2000 a agosto de 2003 exerceu funções no programa Euro-NATO Joint Jet Pilot Training, em Sheppard AFB, nos EUA, tendo efetuado mais de 1000 horas de voo como instrutor de voo em T-37.

Em setembro de 2003 regressou à Esquadra 103 – Caracóis, retomando as suas funções como piloto instrutor em Alpha-Jet.

Entre outubro de 2004 e junho de 2005 frequentou o Curso Geral de Guerra Aérea no Instituto de Altos Estudos da Força Aérea, em Sintra.

Entre maio de 2007 e junho de 2008 foi Comandante da Esquadra 103 – Caracóis, tendo alcançado 2000 horas de voo em Alpha-Jet.

Entre junho de 2008 e setembro de 2009 frequentou o Curso de Estado-Maior, Air Command and Staff College, na Air University, EUA.

De outubro de 2009 a julho de 2013 foi docente no Instituto de Estudos Superiores Militares, na Área de Ensino Específico da Força Aérea.

Entre julho de 2013 e setembro de 2015 exerceu funções na Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Força Aérea, como Chefe da Repartição de Planos.

Entre setembro de 2015 e setembro de 2018 desempenhou funções no Estado-Maior Militar Internacional do Quartel-General da NATO em Bruxelas.

De outubro de 2018 até outubro de 2020 exerceu as funções de chefe do Centro de Operações Aéreas do Comando Aéreo. 

Entre 9 de outubro de 2020 e 4 de outubro de 2022 foi Comandante da Base Aérea N.º 5.

De outubro de 2022 a julho de 2023 frequentou o Curso de Promoção a Oficial General no Instituto Universitário Militar (IUM).

De agosto de 2023 a janeiro de 2024 desempenhou funções como Assessor do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea.

Foi promovido ao atual posto em 7 de dezembro de 2023.

De 17 de janeiro de 2024 a 30 de junho de 2025 desempenhou funções como Diretor das Operações Aéreas do Comando Aéreo.

Ao nível de habilitações académicas, é Doutor em Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (2013); Master of Military Operational Art and Science pela Air University, EUA (2009); Mestre em Estudos da Paz e da Guerra pela Universidade Autónoma de Lisboa (2007); Licenciado em Ciências Militares Aeronáuticas pela Academia da Força Aérea (1994).

Ao longo da sua carreira tem colaborado como docente em vários estabelecimentos de ensino militar. É docente responsável do Seminário de Operações Militares de Defesa e Segurança do Doutoramento em Ciências Militares do IUM e investigador integrado do Centro de Investigação e Desenvolvimento do IUM, onde coordenou vários projetos de investigação no âmbito do Poder Aeroespacial.

É autor de três livros e mais de três dezenas de artigos na área do Poder Aeroespacial em particular no emprego de sistemas aéreos não tripulados, tendo participado em várias conferências nacionais e internacionais.

Totaliza 3000 horas de voo e da folha de serviços constam várias condecorações e louvores.

É casado e tem dois filhos.

O Brigadeiro-General João Paulo Nunes Vicente é o Diretor da Unidade Politécnica Militar desde 25 de julho de 2025.

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