Editorial
A Função de Combate Proteção engloba as tarefas e sistemas (pessoas, organizações, informação e processos), que um Comandante tem ao seu dispor, para preservar a sua Força, com vista a obter o máximo potencial de combate possível para cumprir a sua missão, ou seja, a proteção tem como finalidade preservar as capacidades das unidades subordinadas para que um Comandante possa empregar o máximo potencial de combate no local e momento desejado.
[…]
Decorrente do exposto, a presente publicação pretende abordar esta temática que se encontra, ao nível nacional, pouco desenvolvida em termos doutrinários, procurando caraterizar e analisar algumas das tarefas mencionadas anteriormente, como que sendo o primeiro passo, para que no futuro se possa efetuar uma caracterização e análise de todas as tarefas que esta função de combate comporta e que são relevantes e pertinentes, assim como, atuais e de importância fundamental para o sucesso de qualquer operação militar. Deste modo, ao longo do ano letivo de 2019/20, os discentes do Curso de Promoção a Oficial Superior do Exército – Armas e Serviços, tiveram a oportunidade de desenvolver Trabalhos de Investigação de Grupo no âmbito da Unidade Curricular – Áreas Funcionais, envolvendo esta temática.
Artigos

Resumo
É nesta interceção de conceitos em evolução, que se revela a oportunidade deste trabalho. Esta reflexão resultará num apoio proveitoso para a elaboração de Normas de Execução Permanente relativas à constituição e funcionamento da Célula de Proteção numa organização do PC por FComb, das BrigMec, BrigInt e BrigRR, bem como, num ponto de partida para a produção de doutrina. É nesta perspetiva que surge o objeto de estudo desta investigação, ou seja, o Estado-Maior das três Brigadas do SFN.
Palavras-chave
Funções de Combate, Célula de Proteção.Autor(es) (*)






Resumo
Em face do exposto, considera-se que a temática do C-SANT, devidamente enquadrada na Função de Combate Proteção, assume relevada importância na medida em que o EP prepara e projeta forças há vários anos para Teatros de Operações com ameaças aéreas de vários tipos, tendo também a responsabilidade inerente na proteção de pontos e áreas sensíveis do território nacional.
Desta forma, procura-se retirar um conjunto de ideias que possam contribuir para a edificação de uma capacidade de defesa de AAA adequada, de forma a mitigar a utilização desta ameaça que se tem constituído como um sistema qualificado pelas suas capacidades enquanto meio de recolha de informação, reconhecimento, aquisição de objetivos, vigilância e ataque. Sendo que, se necessário poderá operar em ambientes hostis e a baixa e muito baixa altitude (Garcia, 2015).
Palavras-chave
Funções de Combate, Proteção da Força, Defesa Antiaérea, Defesa Antimíssil.Autor(es) (*)






Resumo
O isolamento, a captura e/ou a exploração de pessoal durante as operações militares nem sempre foram situações valorizadas pelos Comandantes (Barone, 2019). Numa perspetiva histórica, a temática de Recolha de Pessoal (Personnel Recovery – PR), adquire uma nova importância no decorrer da primeira Guerra do Golfo, com a exploração de imagens de prisioneiros Norte-Americanos (Joint Air Power Competence Centre [JAPCC], 2011, p. 5). Este novo veículo de propaganda militar, que impõe uma vontade unilateral, dinamizou o fenómeno da comunicação social que, apesar de não ser novo, teve um efeito negativo na credibilidade e moral da Força. Uma outra dimensão da PR ficou evidente durante a segunda guerra do Golfo, enfatizando a natureza assimétrica da guerra moderna, na qual todos os militares correm o risco de isolamento, captura e/ou exploração. Antes desse período, o treino de PR incidia no pessoal que, em virtude das suas características e funções, era tido como mais propenso a ser capturado. No entanto, o dever moral de recolher o pessoal isolado, independentemente do seu papel ou posição na estrutura militar, levou à alteração do paradigma, dando maior ênfase à proteção da força (Force Protection – FP) (JAPCC, 2011, pp. 6-11).
[…]
Deste modo, considera-se pertinente efetuar o presente trabalho, cujo objeto de estudo assenta nas capacidades militares para conduzir uma Operação de PR, tendo como referência o preconizado ao nível da NATO, UE e EUA, bem como dos outros ramos das Forças Armadas Portuguesas (FFAA), de modo a identificar os contributos necessários para a sua implementação no EP.
Palavras-chave
Proteção da Força, Operações de Estabilização, Operações de Recolha de Pessoal.Autor(es) (*)






Resumo
A complexidade do atual ambiente operacional condiciona a postura e o perfil que uma força militar deve adotar, face aos condicionamentos que o próprio ambiente lhe impõe.
[…]
Nesta conformidade, o tema em análise assume especial relevância, num contexto de Força Nacional Destacada (FND), uma vez que é cada vez maior o desafio de se garantir a segurança de uma força projetada em ambiente multinacional e na presença de uma ameaça real.
Foi neste contexto que se pretendeu contribuir para a avaliação e melhoria das medidas de proteção da força atualmente realizadas por FND do Exército, para fazer face a ameaças internas.
Palavras-chave
Proteção da Força, Ameaças Internas.Autor(es) (*)





Resumo
Com a presente investigação pretendeu-se compreender a importância do controlo da população e de recursos na adoção de medidas de proteção da Força. Face à abrangência do tema considerou-se importante fazer a sua delimitação no espaço, no tempo e no contexto. Quanto ao espaço, o estudo focou as Forças Nacionais Destacadas (FND) na Missão das Nações Unidas (NU) na República Centro Africana (RCA), MINUSCA, por ser um dos TO mais recente e complexo no qual o Exército Português cumpre missão ao serviço da ONU. Relativamente ao espaço temporal, foram avaliadas desde a 1ª FND que iniciou a sua missão em 2017, até à 5ª FND que regressou da RCA em março de 2020. No que respeita ao contexto, face à grande amplitude da tarefa primária Controlo da População e de Recursos, foi necessário restringir o seu estudo apenas ao controlo da população e à proteção de infraestruturas críticas (IEC), excluindo desta forma as restantes tarefas que integram a tarefa primária de controlo da população e de recursos. Neste contexto, consideram-se os diversos tipos de ameaça, a sua complexidade e a sua tipologia de incerteza, revestindo-se de especial importância para a presente investigação delimitar a ameaça, assumindo uma das suas formas de guerra irregular, designadamente a guerrilha (Exército Português, 2012).
Palavras-chave
Proteção da Força, Controlo da População, Controlo de Recursos.Autor(es) (*)



(*) NOTA: A ordem alfabética de apresentação dos autores pode não corresponder à ordem formal que se encontra no artigo.