Cadernos do IUM N.º 52 - Reinventar as Organizações Militares

Editorial

Este livro é fruto do trabalho dos auditores do Curso de Estado-Maior Conjunto 2020/2021 (CEMC 20/21), do Instituto Universitário Militar, no âmbito da avaliação na Unidade Curricular de Gestão das Organizações.
Neste contexto académico, tendo em linha de vista os objetivos do curso e a experiência necessária a um Oficial de Estado-Maior, decidi lançar um desafio aos auditores do curso: reinventarem as organizações militares

Artigos

Repartição de Comunicações e Relações Públicas nas Forças Armadas Portuguesas

Resumo

A comunicação, tem um papel cada vez mais importante para as organizações, devendo mesmo ser considerada como um instrumento chave para o seu sucesso. Desta forma, as Forças Armadas Portuguesas devem possuir uma estrutura comunicacional que permita ter uma estratégia de comunicação bem definida e que sirva para fortalecer e projetar a sua imagem, permitindo a sua aproximação e uma maior interação com o seu público, criando uma maior atratividade da organização. Neste sentido, o objeto de estudo deste trabalho é propor um modelo de uma estrutura de comunicação, que melhor contribua para uma estratégia comunicacional que reflita a história e valores da instituição, por forma a contribuir para a construção e manutenção de uma imagem que legitime as Forças Armadas Portuguesas como uma referência nacional e internacional. Depois de identificadas as áreas estruturantes de um sistema de comunicação que contribuam para exponenciação da comunicação e melhoria da imagem, conclui-se este trabalho com uma proposta de uma estrutura de comunicação, que satisfaça os objetivos e propósitos das Forças Armadas Portuguesas.

Palavras-chave

Comunicação, Relações Públicas, Comunicação Organizacional, Forças Armadas.

Autor(es) (*)

Avatar Albino José Pinheiro de Jesus
Avatar João Paulo Ferreira Lourenço
Avatar João Paulo Vilar do Souto
Avatar Ricardo Vieira Azevedo Estrela
 339 | 65
Os Serviços de Assistência Religiosa na Doença dos Militares

Resumo

A auditoria realizada ao Instituto de Ação Social das Forças Armadas, I.P., pelo Tribunal de Contas, teve como objetivo analisar a performance e a sustentabilidade da organização no triénio 2015-2017. Nessa auditoria foi identificado que o motivo dos elevados encargos suportados pela Assistência na Doença dos Militares residia em atividades que deveriam ser suportadas por receitas do Orçamento de Estado. O presente trabalho pretende promover o processo de mudança dos Serviços de Assistência na Doença dos Militares para um novo modelo organizacional e um novo modelo de gestão estratégica, com a implementação de um modelo de gestão da mudança. De forma a permitir descrever e identificar o atual modelo de organização e de gestão dos serviços de assistência na doença aos militares das Forças Armadas, bem como aplicar o modelo de gestão sustentado na New Public Governance, o estudo teve por base uma análise documental assente em legislação, relatórios, publicações e artigos científicos sobre a temática, tendo sido, esta, complementada com uma entrevista semiestruturada. Conclui-se com a proposta de uma nova organização para os serviços de assistência na doença aos militares das Forças Armadas, que passa pela sua integração na estrutura orgânica do Estado-Maior General das Forças Armadas, com o propósito de contribuir para a sustentabilidade dos serviços e melhoramento do sistema de saúde militar, através da aproximação das estruturas ligadas à prestação de cuidados de saúde e de forma a responder às necessidades dos beneficiários.

Palavras-chave

Assistência na Doença dos Militares, Mudança organizacional, Modelo de gestão da mudança, New Public governance, gestão estratégica.

Autor(es) (*)

Avatar Bruno Alexandre Soares Mercier
Avatar Luís Manuel Ferreira Fernandes
Avatar Pedro Miguel Alves Barrete
Avatar Sérgio Miguel Gorjão Marques
 339 | 75
Centro Conjunto de Formação - Caso de Estudo da Escola de Condução Militar

Resumo

A redução constante de recursos humanos nas Forças Armadas tem levado a reestruturações, de modo a concentrar capacidades, evitando a sua duplicação ou triplicação, otimizando recursos, melhorando na eficácia e potencializando a eficiência. A racionalização de meios impõe que se centralize cada vez mais o investimento devendo haver uma partilha de valências entre os ramos das Forças Armadas no âmbito da formação, entre outras áreas. Torna-se, pois, pertinente abordar a restruturação da formação numa perspetiva de otimização das valências e de recursos indo ao encontro dos desafios que são colocados. O objeto de estudo deste trabalho centra-se na identificação de um modelo organizacional, com vista à implementação de uma escola de condução militar conjunta, responsável pela formação de condução militar “não tática”, aos militares independentemente da sua categoria, evitando duplicações de recursos humanos, materiais e financeiros. Da análise dos dados, mesmo não tendo sido possível atingir na plenitude os objetivos propostos, pode-se afirmar que existe no seio das Forças Armadas a capacidade e o know how de ministrar formação certificada pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, embora nenhum dos ramos disponha de todos os recursos ou processos para se constituir como polo de formação comum para responder a todas as necessidades formativas. Os resultados permitiram afirmar, através da análise SWOT ao ambiente estratégico e da análise às respostas concedidas pelos diretores de formação dos Ramos, que a mudança estratégica parece ser o modelo mais adequado. No entanto, verificam-se ainda as dificuldades acrescidas que esta visão poderá acarretar visto estar a deparar-se com a resistência à mudança.

Palavras-chave

Forças Armadas, Formação Militar, Estrutura Organizacional, Condução Militar

Autor(es) (*)

Avatar Adolfo Henrique de Assis Ferreira dos Reis
Avatar Ernesto António de Jesus Alves
Avatar Humberto Gourdin de Azevedo Coutinho Rosa
Avatar Pedro Miguel Falcão Raposo
 332 | 74

(*) NOTA: A ordem alfabética de apresentação dos autores pode não corresponder à ordem formal que se encontra no artigo.