Resumo

Declarações recentes de alguns responsáveis diplomáticos e militares da região euroasiática voltaram a colocar na ordem do dia termos e expressões que o anunciado fim da Guerra Fria aparentava já ter afastado da linguagem mediática e política internacional.  Assim, em setembro de 2014 o general russo Yury Yakubov, pediu que a Rússia modernizasse a sua doutrina militar, especificando as condições segundo as quais o país deveria lançar um ataque nuclear preventivo contra a NATO. Já em março de 2015 o embaixador russo na Dinamarca, Mikhail Vanin, referiu que os navios de guerra dinamarqueses se poderiam tornar alvo dos mísseis nucleares russos se a Dinamarca se juntasse ao escudo de defesa antimíssil dos Estados Unidos. A questão a considerar, neste artigo, é a de se saber que meios e forças de índole não-convencional estão presentes em regiões do território oeste-europeu (considerado neste artigo entre a costa atlântica e o meridiano 13º E) que possam desempenhar uma função dissuasora relativamente a eventuais opções político-militares russas decorrentes das declarações acima referidas.

Palavras-chave

Dissuasão Nuclear; Europa Ocidental.

Autor(es) (*)

 José Carlos Cardoso Mira