Resumo

A instabilidade que esteve na origem da intervenção militar francesa na República do Mali começou no início de 2012, quando o Movimento Nacional para a Libertação da Azawad (MNLA) atacou a região Norte do país. O grupo acusava o governo de não cumprir com as promessas em relação à população tuaregue. Entre Janeiro e Abril de 2012, o MNLA atacou as bases militares no norte do Mali, nas principais regiões de Gao, Kidal e Timbuctu. No mês de Março, os insurgentes ganharam muito terreno, conquistando cidades sem enfrentar a oposição do governo, exigindo a independência desta parte do país. Esta situação e os acontecimentos que se lhe sucederam, colocaram o Mali no centro das atenções da Comunidade Internacional. Considerando que o fortalecimento de grupos terroristas no Norte do Mali representava uma ameaça para a região e para toda a Comunidade Internacional, devido ao efeito “dominó” que poderia produzir, alastrando a instabilidade aos países vizinhos, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou, através da resolução 2085 de 20 de dezembro de 2012, o envio de uma missão liderada pela Economic Community of West African States (ECOWAS) em coordenação com a União Africana (UA), intitulada African-led International Support Mission in Mali (AFISMA), para apoiar os esforços das autoridades nacionais no controlo do Norte do país.

Palavras-chave

Operações militares; Operação Serval; Mali; Terrorismo.

Autor(es) (*)

 António Paulo Gaspar da Costa
 Hugo Miguel Moutinho Fernandes
 Pedro Alexandre de Almeida Faria Ribeiro