Editorial
Este trabalho tem por objetivo analisar a capacidade dos países lusófonos do Atlântico Sul de garantirem segurança marítima, bem como as perspetivas de emprego do instrumento militar nacional na vertente marítima, em apoio dos mesmos.
O ressurgimento da relevância estratégica do Atlântico Sul para a Comunidade Internacional, o recrudescimento recente das ameaças decorrentes do fraco controlo das águas costeiras, do acesso e da segurança ao longo da costa, colocam desafios aos Estados costeiros deste oceano, em particular aos países lusófonos. Como consequência, assistimos ao aumento das atividades criminosas e da influência das grandes potências neste espaço, que também tem implicações securitárias para Portugal. [Do estudo efetuado], concluímos que, para além do Brasil, nenhum outro país lusófono tem capacidade de garantir segurança marítima e que Portugal, quer no quadro bilateral, quer num multilateral, pode contribuir para a segurança marítima no Atlântico Sul e potenciar a sua posição no seio das organizações das quais faz parte.
(*) NOTA: A ordem alfabética de apresentação dos autores pode não corresponder à ordem formal que se encontra no artigo.