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Resumo
Atualmente, assiste-se à aceleração tecnológica, à emergência de novos desafios e ameaças, e à obsolescência do F16 Mid-Life-Update (F16MLU) português, que influenciarão o paradigma de emprego do Poder Aeroespacial (PA) nacional no Ambiente Operacional Futuro (AOF). Sendo o PA, e consequentemente o F16MLU, instrumento fulcral na consecução e salvaguarda dos interesses nacionais, é necessário preparar a sua substituição. Este estudo investiga a substituição do F16MLU e entrada na 5.ª Geração, tendo por base: análise documental sobre paradigmas futuros de emprego do PA; análise de questionários e entrevistas a representantes de países operadores, e não-operadores, de sistemas de armas de 5.ª Geração (SA5G); análise documental da integração de SA5G em Forças Aéreas estrangeiras. Recorrendo a uma metodologia de raciocínio indutivo, assente numa investigação qualitativa e no desenho de pesquisa de estudo de caso, concluiu-se que o substituto do F16MLU necessitará de ser Low Observable, ter fusão de sensores e integrar o conceito futuro de Guerra de 5.ª Geração para vencer a ameaça futura aos interesses nacionais, os sistemas Anti-Access/Area-Denial. A sua integração na Força Aérea (FA) deverá ser em conjunto com os outros ramos das Forças Armadas (FFAA), a indústria e a sociedade civil, alicerçando-se em mudanças organizacionais, culturais e de mentalidade nos seus militares.
Palavras-chave
Substituição, F16, F16MLU, Multi-Domínio, 5.ª Geração, Quinta Geração, Poder Aeroespacial, Poder Aéreo, Sistema de Armas, Força Aérea.Autor(es) (*)



Resumo
Na última década, tem-se assistido à emergência de um novo paradigma nos programas de treino das Forças Aéreas que envolvem red air (RA) ou “oposição aérea”, repercutido na contratação de empresas civis (outsourcing ou externalização) fornecedoras de recursos materiais e humanos necessários à execução desta atividade aérea. Este estudo investiga o outsourcing de RA (ORA), atendendo à conjuntura atual e aos desafios futuros da Força Aérea Portuguesa (FA), com base na análise dos voos efetuados, num ano, pelas Esquadras 201/301 que operam o F-16 MLU, e das entrevistas conduzidas a seis dos seus oficiais pilotos instrutores, um oficial piloto instrutor de F-16 MLU e especialista em F-35 da Royal Netherlands Air Force (RNLAF), e um ex-piloto de F-16 MLU da RNLAF, especialista em RA, empregado numa empresa que providencia RA na Europa. Recorrendo a uma metodologia de raciocínio indutivo, assente numa investigação qualitativa com reforço quantitativo e no desenho de pesquisa de estudo de caso, concluiu-se que o ORA poderá ser uma maisvalia na FA, porque permite no presente, colmatar o défice de RA na FA e, no futuro, responder às exigências de treino de uma aeronave de 5.ª geração, caso a FA não disponha de meios para tal.
Palavras-chave
Externalização, Outsourcing, Red Air, Sistema de Armas de 5.ª Geração, Força Aérea Portuguesa.Autor(es) (*)



Resumo
A tecnologia espacial tornou-se essencial para as atividades quotidianas. A crescente dependência dos meios espaciais representa um desafio para militares e civis. Com o desenvolvimento do setor comercial o acesso ao Espaço tornou-se menos dispendioso e o número de atores tem vindo a aumentar. Esta mudança de paradigma torna o ambiente orbital mais congestionado, competitivo e contestado, levando a que as nações com capacidade espacial desenvolvam estratégias que permitam atingir as suas ambições no Espaço. A vertente militar desempenha um papel importante nesta dinâmica dada a sua dependência na tecnologia espacial para conduzir operações e pelo desafio que enfrenta ao reconhecer o Espaço como domínio operacional. Esta investigação analisa a ligação entre a Estratégia Nacional para o Espaço e as Forças Armadas, procurando sinergias. Inicia-se com uma abordagem ao contexto internacional, tomando como referência o processo estratégico dos Estados Unidos da América e do Reino Unido. Através de analogias da biomecânica e da biologia molecular é efetuada uma análise à ligação entre a Estratégia Nacional para o Espaço e as Forças Armadas Portuguesas, identificando benefícios. É alcançada a conclusão de que a atual Estratégia Portugal Espaço 2030 requer um complemento de natureza securitária, que permita materializar as potenciais sinergias.
Palavras-chave
Estratégia Nacional, Espaço, Forças Armadas Portuguesas, Sinergia.Autor(es) (*)


(*) NOTA: A ordem alfabética de apresentação dos autores pode não corresponder à ordem formal que se encontra no artigo.