Editorial
Estimados leitores,
A presente publicação apresenta um estudo escrito por um docente do Instituto Universitário Militar, no âmbito da frequência do doutoramento em Relações Internacionais, e explora as estratégias que a União Europeia tem adotado para fazer face ao desafio crescente da criminalidade organizada transnacional na União Europeia.
A análise destaca como a segurança se tornou uma prioridade para a União Europeia, refletida em estratégias revistas constantemente para enfrentar riscos como o terrorismo, a cibercriminalidade e ameaças híbridas. A criminalidade organizada transnacional, considerada uma das ameaças mais graves, financia outras formas de crime e gera instabilidade. A resposta da União Europeia tem sido pautada por uma abordagem holística, que exige cooperação interna e externa, além da atuação de agências como EUROPOL e FRONTEX.
Com uma visão clara sobre a importância da cooperação e das soluções integradas, este estudo convida o leitor a refletir sobre os complexos desafios de segurança que a Europa enfrenta e as estratégias necessárias para superá-los.
Ana Esteves
Tenente-coronel
Coordenadora editorial do CIDIUM
Artigos

Resumo
Este trabalho analisa as ameaças globais, com foco na criminalidade organizada transnacional na União Europeia (UE), um espaço central nas Relações Internacionais. Na atual fase de "reglobalização", a UE tornou-se um ponto de grande atividade para organizações criminosas multinacionais. O estudo explora como as diferentes sensibilidades dos Estados-membros influenciaram a evolução das políticas de segurança contra a criminalidade organizada ao longo do tempo. Também investiga os mecanismos de tomada de decisão da UE e seu impacto nos Estados-membros, com destaque para Portugal. A análise aponta para o cenário atual, onde duas guerras próximas ao continente europeu recebem atenção e recursos significativos da UE. No entanto, essas situações não podem impedir a resposta ao aumento da criminalidade organizada, que exige maior cooperação entre os Estados-membros e agências europeias, além do desenvolvimento de estratégias mais coordenadas. O uso de tecnologias disruptivas e o investimento em recursos materiais e humanos são essenciais. Num contexto de "policrise" global, marcado pela incerteza, as ameaças como a criminalidade transnacional têm moldado o processo de tomada de decisão em segurança, conduzindo a uma identidade europeia supranacional focada em soberania, integridade e segurança da UE.
Palavras-chave
Ameaças globais; Criminalidade transnacional; União Europeia.Autor(es) (*)

(*) NOTA: A ordem alfabética de apresentação dos autores pode não corresponder à ordem formal que se encontra no artigo.